HISTORIA DE CATARINA CONHEÇA
História do município
O nome inicial era Serra da Catarina, pertencente ao município de Arneiroz, mudado pelos irmãos Dr. Joaquim Leopoldino de Araújo Chaves e Capitão Vicente Leopoldino de Araújo Chaves – que se tornaram donos desta terra em 1880 – para Sítio Santa Catarina. Em 1892, os irmãos venderam as terras a Francisco Ferreira dos Santos, pai do velho conhecido João Ferreira dos Santos, que, em 1913, construiu a capela do Padroeiro São José e, em escritura datada de 27 de outubro de 1916, fez doação da área ao patrimônio de São José, sendo os cultos religiosos, batizados e casamentos celebrados pelo Padre de Saboeiro, José Francisco de Oliveira, três vezes por ano.
A origem do nome Catarina tem origem controversa. A primeira versão é que se origina em Catarina de Albuquerque, filha da união de Jerônimo deAlbuquerque com a Índia Maria do Espírito Santo Arcoverde, filha de Arcorverde, cacique da tribo dos Tabajaras, de Pernambuco. A outra versão que atribui o “batismo” deste Município com o nome de Catarina é teoricamente definido pelo tabelião José Feitosa Chaves, do 1º Ofício, desta Comarca. Segundo o tabelião, o nome deve-se mesmo a Catarina Cardoso da Rocha Macrina, esposa de Francisco Alves Feitosa, pioneiro na exploração desta região. Seu descendente, coronel Leonardo Feitosa, ao lidar por esta serra a chamou de Santa Catarina, em homenagem a sua ancestral e primeira mulher a habitar esta região, por volta de 1720, quando tomaram posse da sesmaria do Rio do Jucá.
Os descendentes do Cel. Manoel Martins Chaves, dos Inhamuns, Leopoldino Araújo Chaves e Vicente Araújo Chaves, possuidores do Sítio Barbatão, por volta de 1880, passaram a chamá-lo também de Santa Catarina, local onde hoje está assentada a cidade de Catarina, sede do Município do mesmo nome. É totalmente desprovida de qualquer fundamento a teoria que defende ser Catarina o nome de uma índia, pois não existe possibilidade nenhuma de uma nativa, naquela época, chamar-se Catarina, devido à palavra ter sua origem latina e não tupi-guarani.
A palavra Catarina é de origem latina e é um adjetivo “designativo da roda de encontro os relógios” (M. Filho, Dicionário Ilustrado, 1977:247).
Informações retiradas do livro “História & Estórias de Catarina”:
ANDRADE Iran Paes de, Fortaleza: ABC Editora, 2003.
Complementadas pelo autor.
Gentílico: Catarinense
Formação Administrativa
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, figura no município de Saboeiro o distrito de Santa Catarina.
Pela lei nº 263, de de 28-12-1936, o distrito de Santa Catarina deixa de pertencer ao município de Saboeiro, sendo anexado ao município de Tauá.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o distrito de Santa Catarina, figura no município de Tauá.
Pelo decreto-lei estadual nº 169, de 31-03-1938, retificado pelo decreto estadual nº 378, de 2010-1938, o distrito de Santa Catarina deixa de pertencer ao município de Tauá, sendo anexado ao município de Saboeiro.
Pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938, o distrito de Santa Catarina passou a denominar-se Catarina.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito já denominado Catarina, figura no município de Saboeiro.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Elevado à categoria de município com a denominação de Catarina, pela lei estadual nº 3604, de 25-05-1957, desmembrado de Saboeiro. Sede no atual distrito de Catarina. Constituído do distrito sede. Instalado em 07-07-1957.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Alteração toponímica distrital
Santa Catarina para Catarina alterado, conforme determinação contida no decreto estadual nº 448, de 20-12-1938.
Fonte: IBGE
CRONOLOGIA DA CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO
1711 - Em 04 de dezembro, foi concedido a Sesmaria do Condadú a Baltazar Ferreira Lima e João de Almeida, com três léguas para cada um, pegando o rio Condadú de cima a baixo.
1727 - Foi criado o aldeamento do Arneiroz para concentrar os índios Jucás e Inhamuns, descendentes da grande nação Cariris, para “amansá-los”. Alguns anos depois os índios foram retirados dali por ordem superior por estarem causando destruição no gado e criações pequenas dos colonos da vizinhança. Dali foram levados para o aldeamento ou Missão do São Mateus (hoje município de Jucás).
1785 - Em 13 de novembro deste ano foi criada a Freguesia, que correspondia a Paróquia de hoje, de Arneiroz e a serra de Santa Catharina, em parte, pertencente a ela, nos seguintes limites: do lado direito do rio Condadú até a sua nascente, tendo como marco final o Sítio Retiro e do lado esquerdo pertencente ao Saboeiro.
1880 - Os irmãos Vicente Leopoldino Chaves e Joaquim Leopoldino Chaves, então proprietários do sítio Barbatão e Santa Catharina, local onde hoje está assentada a cidade de Catarina, os vendem a Francisco Ferreira dos Santos, retirante vindo do litoral de Cascavel.
1910 - Padre José Francisco de Oliveira, vindo do Saboeiro, marca o local da futura capela de São José no sítio Santa Catharina, sob as terras doadas por João Ferreira dos Santos.
1911 - João Ferreira dos Santos, filho de Francisco Ferreira dos Santos, com a ajuda material de Maria José de Andrade, em sistema de mutirão, dá início à construção da Capela de São José.
1913 - Foi terminada a construção da capela de São José.
1914 - É celebrada a primeira missa na capela, pelo padre José Francisco de Oliveira;
1916 - João Ferreira dos Santos, percebendo que o povoado toma impulso, doa duas tarefas de terra para o patrimônio de São José.
1921 - O prefeito de Arneiroz, município ao qual a povoação de Santa Catharina era subordinada, criou por decreto, o distrito de Santa Catarina e a povoação passa, automaticamente, a categoria de vila. Foi nomeados juiz de paz, sub-delegado e chefe para o Cartório de Registro Civil;
1931 - Incorporou-se como comarca ao município de Afonso Pena (Acopiara);
1936 - Passa a pertencer à comarca do município de Tauá;
1938 - O distrito de Santa Catharina se desmembra territorialmente de Arneiroz e passa a pertencer ao município de Saboeiro e à comarca de Iguatu, tendo sido elevado à condição de vila pelo Decreto Lei nº. 169, cessando em definitivo a sua peregrinação. 1938 – Neste ano, com o advento da 2ª Guerra Mundial e para não causar confusões nas entregas de correspondências, foi criada uma Lei Federal que unificou todos os nomes de localidades, prevalecendo as de maior porte – permaneceu com nome o Estado de Santa Catarina e este distrito e a vila sede passaram a se chamar, simplesmente, Catarina.
1957 - Pela Lei nº. 3.604, de 25 de maio, da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, Catarina passou a ser município autônomo, adquirindo sua emancipação.
1958 - Em 03 de outubro deste ano aconteceu à primeira eleição para eleger o primeiro prefeito e Câmara de Vereadores.
1995 - Foi criada a Comarca de Catarina.
Dados Geográficos
ASPECTOS GERAIS
Município de Origem: Saboeiro
Ano de Criação: 1957
Lei de Criação: 3.604
Toponímia: Nome simplificado de Santa Catarina
Gentílico: Catarinense
Código Município: 2303600
População Residente 2007: 17.028 habitantes
INFOGRÁFICOS
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POSIÇÃO E SITUAÇÃO GEOGRÁFICA
Coordenadas Geográficas: Latitude 6º 07’ 51”, Longitude 39º 52’ 39”
Localização: Centro-Oeste
Região Inhamuns;
Limites:
Norte: Acopiara, Mombaça e Arneiroz;
Sul: Saboeiro;
Leste: Saboeiro e Acopiara;
Oeste: Arneiroz e Aiuaba;
Área: 486,86 km².
Altitude: 580 m;
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS
Clima: Tropical Quente Semi-árido
Pluviometria: 645,2 mm (média)
Temperatura média (ºC): 24º e 26º
Relevo: Depressão sertaneja, maciços residuais.
Solos: Podzólico Vermelho-Amarelo, Solos Litólicos.
Vegetação: Caatinga arbustiva aberta, própria de serras do sertão semi-árido.
Recursos hídricos: localiza-se na bacia do alto Jaguaribe, tendo como rio principal o Condadú e seu principal reservatório de água a barragem Rivaldo de Carvalho, com 32.000.000 de metros cúbicos de água. É banhado na parte sul pelo rio Jaguaribe.
DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Região administrativa: 16
Macrorregião de planejamento: Cariri Centro-Sul
Mesorregião: Sertões Cearenses
Microrregião: Sertão dos Inhamuns
Símbolos Municipais
São considerados símbolos municipais: o brasão, a bandeira e o hino do município.
A bandeira, que foi projetada pelo Professor Ari Brito Gondim, um dos pioneiros na instalação e administração do Ensino Fundamental, neste município. Nascido no município de Crato, mas que conviveu entre os catarinenses muitos anos, quando casou com a professora Francisca Francineide Feitosa Gondim e aqui veio residir. Juntos administraram a educação de Catarina por muito tempo, contribuindo para o engrandecimento de nosso ensino e para formação moral e cultural de nossos jovens. Além de deixar aqui plantada a bandeira, um dos símbolos de nossa terra.
Os traços que marcam a bandeira de Catarina são os seguintes:
O branco representa a paz. O verde a cor da serra e suas matas. Paz é a característica de índole de seu povo. O destaque ao centro simboliza os montes e serranias predominantes em sua constituição geográfica. O sol tem como base o céu limpo e azulado quase o ano inteiro. O brasão que retrata o sol claro da terra catarinense, o céu azul, os ramos de algodoeiro, que o circulam, representa a agricultura predominante até a década de 1980 e a figura do lavrador, elemento do setor socioeconômico do município.
O hino, que tem sua letra composta por Iran Paes de Andrade com música do Professor Vilmar Nunes de Araújo Rêgo. O primeiro, filho desta terra e autor de dois livros (Histórias e Estórias de Catarina Vol. I e II),o segundo nascido no Estado do Piauí, membro de família tradicional do município de Catarina e professor da EEF Francisco Rodrigues Pereira.
Hino do Município
Letra: Iran Paes de Andrade
Arranjo: Professor Vilmar Nunes de Araújo Rêgo
Catarina, lá no topo da serra estás,
Se encontrando com o céu azul de anil
Mostrando a beleza em ti presente,
Se erguendo aos outros com encantos mil
Altiva e graciosa como o sol nascente.
Ah Catarina! Com és bela e altaneira
E tua história é de luta e grandeza.
Quantas serras te guardam imponente;
Quantos lugares das alturas tu espreitas,
Exibindo teu futuro crescente!
Ó Catarina, minha Catarina
Terra sol; terra luz
Perto do céu fez ninho.
Teu clima seduz
E teu povo hospitaleiro
A todos fascina.
Teus pioneiros
Nos orgulha,
Com feitos,
Guerreiros.
Bravos lutadores
Que do além-mar vieram.
Geraram raças firmes
E aqui fincaram.
Terra querida! Nunca temestes a lida
E bem cedo aprendestes a enfrentar
As grandes secas atrozes da vida,
Mandando teus filhos a qualquer lugar,
Como vencedores e não como vencidos.
Quantos filhos ilustres emprestastes
Para crescerem outras plagas distantes!
E com orgulho não te deixam em pensamento,
Nem dias, nem horas e nem instantes,
Enchendo de glória o teu nome sempre.
Não se negastes de ir com a tropa,
Quando ainda pequenina era
E a serviço do solo gentil
Um filho teu mandastes à guerra,
Para defender a “Pátria amada Brasil”.
Catarina vamos aumentar teus feitos
Enaltecendo teu brasão trabalhador,
Fazer teu povo se orgulhar de tua história,
Resgatando os teus heróis de valor
Para servirem de culto e de glória.
Ó Catarina! O teu passado será espelho
Na luta dos homens aqui presentes,
Com nossa juventude crescendo sadia
Se espelhando nos teus ausentes,
Pra construir o teu futuro um dia.
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