HISTORIA DE ARNEIROZ CONHEÇA
HISTORIA DE ARNEIROZ CONHEÇA

HISTORIA DE ARNEIROZ

História da Cidade

Arneiroz recebeu este nome de uma antiga freguesia de Portugal, no Conselho de
Lamego, distrito de Viseu, Províncias de Traz-os-Montes e Alto Douro.
No início do século XVIII formou-se no sertão dos Inhamuns um agrupamento de
índios da tribo Jucás, missionadas por um padre, porém com resultados de tal maneira funestos, que se viu obrigado a fazer a transferência de parte do agrupamento para Baturité e Crato, onde havia outras missões.
Apesar da dispersão o aldeamento não se desfez totalmente e nele passaram a dominar elementos da família Feitosa que se tornou, mais tarde, proprietário da região.
A origem do topônimo Arneiroz, segundo Florival Serraine é o plural do diminutivo
medieval Arneiroz (corruptela de arenaríola), palavra fora de uso em Portugal. Segundo alguns léxicos a palavra Arneiroz é um vocábulo que significa “terreno arenoso” e estéril.
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de Arneiroz, pela provisão de 11-08-1784.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Arneiroz, pela lei provincial nº.
1128, de 21-11-1864, desmembrado de Quixeramobim. Sede na vila de Arneiroz.
Pela lei provincial nº. 1279, de 28-09-1869, é criado o distrito de Cococi e anexado ao município de Arneiroz.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 3 distritos: Arneiroz, Bebedouro e Cococi.
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de I- IX-1920, o município aparece constituído de 4 distritos: Arneiroz, Bebedouro, Cococi e Santa Catarina.
Pelo decreto estadual nº. 193, de 20-05-1931, é extinto o município de Arneiroz, sendo seu território anexado ao município de Tauá.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, Arneiroz é distrito de Tauá.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Elevado novamente à categoria de município com denominação de Arneiroz, pela lei estadual nº. 3554, de 14-03-1957, desmembrado de Tauá. Sede no antigo distrito de Arneiroz.
Constituído do distrito sede. Instalado em 26-05-1957.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Gentílico: arneirozense

A Evolução Política de Arneiroz

A História Política de Arneiroz antecede o ano de 1.958.
Arneiroz consta na História do Ceará, como sendo um dos mais antigos redutos dos Altos Sertões Provinciais. Suas tradições indígenas, guerra de extermínio, batalhas emancipacionista e constantes lutas em busca de meios a própria sobrevivência dos seus moradores, atestam o quanto de esforço tem sido empreendido ao longo de sua caminhada histórica. Inicialmente e ainda no limiar do Século XVIIII lançam-se as primeiras raízes sociais, tendo como ponto de partida o realdeamento dos índios Jucás (1727). Dessa concentração íncola decorre escaramuças várias, envolvendo famílias em locais diversificados, dentre estas os respeitáveis clãs dos troncos Feitosa e Monte.
A primeira manifestação política oficialmente registrada, com vistas à emancipação da “Aldeia do Jucá” ou “Missão do Jucá”, sugerindo a elevação do povoado à categoria de Vila, com o nome de Arneiroz, data de 28 de setembro de 1.767, sem que na prática se tenha obtido êxito. Essa manifestação decorre de determinação originária do Governador de Pernambuco D. Thomas da Encarnação. Contra essa proposição insurge-se Icó, através do Senado da Câmara (Câmara de Vereadores) fundamentando-se no pressuposto histórico segundo o qual a povoação nada mais era que antigo aldeamento missionário destinado a reunir os Índios Jucás. Além dessa condição, altamente negativa, havia contra os pretensos beneficiários o fato de serem os seus habitantes constituídos de verdadeiro antro de ladrões e vagabundos (25/11/1767). Ainda com relação a esse interdito, dois camaristas icoenses (Vereadores) propõem que seja transformado em Vila não o Arneiroz, e sim, os redutos de Telha (Iguatu) e Mangabeira (Lavras). Dessa investida não constam manifestações de recusa ou assentimento, presumindo-se como fruto de desqualificação ou silêncio. Nos anos seguintes já sem a interferência contrária do Icó, prosseguiu a batalha emancipacionista, entremeada de evoluções e depressões.
Uma nova tentativa de transformar Arneiroz em freguesia, data de 1783. Uma petição dos moradores de Arneiroz, cujo despacho é de 13-11-1783 foi enviada ao bispo diocesano, solicitando o desmembramento da Freguesia de Arneiroz da de São Mateus.
A criação da freguesia deu-se no dia 11-08-1784, conforme despacho do bispo de Pernambuco D. Thomas da Encarnação que ordenou o vigário de Quixeramobim, Antonio Poze Duarte de Araújo Lima, fazer a divisão das terras com base em despacho anterior datado de 09 de abril de 1777, solicitado pelo Pe.  Manoel Correia Calheiros Pessoa, 2º curato dos índios de Arneiroz. A Lei nº. 1.128 de 21 de novembro de 1.864, de autoria do Deputado provincial Leandro Custódio de Oliveira Castro, elevou a freguesia de Arneiroz a categoria de vila (Município). Com o advento da República, a 15 de novembro de 1889 o poder político que antes era controlado pela igreja passava para a tutela do Estado.

Entre 1864 e 1957, o Município foi extinto e restaurado seis vezes:
Aos 21 de novembro de 1864, foi instalado por meio da Lei Nº. 1.128, graças aos esforços do deputado, major Leandro Custódio de Oliveira Castro (1864-1865), o primeiro deputado provincial da Família Feitosa nos Inhamuns, filho de Bernardo Freire de Castro Jucá. A Lei Nº. 108, de 19 de abril de 1914 o extinguiu;
O município foi restaurado ainda no mesmo ano, através da Lei Nº. 1.181 de 23 de Julho de 1914. Aos 09 de outubro de 1920 foi novamente extinto;
Pela Lei Nº. 2.002 de 16 de outubro de 1922 foi restabelecido. Outra suspensão ocorreu aos 20 de maio de 1931, mediante o Decreto Nº. 193, passando o território a ser anexado ao Município de Tauá;
Finalmente, Arneiroz restaurou sua autonomia pela Lei Nº. 3.554, decretada pela Assembléia Legislativa do Estado do Ceará e sancionada pelo Governador Paulo Sarasate aos 14 de março de 1957, mediante esforços do Sr. Antonio Petrola, eleito prefeito em 03 de outubro de 1958.

(Arneiroz de A a Z – História da Evolução Política – Paz Loureiro – 2005, pág. 51, 52).

PONTOS TURISTICOS

Açude Arneiroz II

 

Açude Arneiroz II
A Barragem Arneiroz II, com capacidade de armazenamento d´água de 197 milhões de metros cúbicos, está situada no Rio Jaguaribe, a 12 km da sede do município de Arneiroz.
O novo reservatório permitirá o represamento da água e a regularização de vazão (no leito do Rio Jaguaribe) em uma das regiões mais áridas do Estado do Ceará.
A idéia é beneficiar diretamente uma população aproximada de 20 mil habitantes, distribuídos pelos municípios de Arneiroz e Saboeiro, pelas localidades de São Paulo, Catarina e Canafístula (no município de Jucás), e ainda pelos povoados Barro Alto, Quixoá e Gadelha (no município de Iguatu).

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Antiga Aldeia dos Índios Jucás

Antiga Aldeia dos Índios Jucás
Localizada na cidade de Arneiroz – Rua Virgílio Távora – este é um monumento histórico da época dos primeiros habitantes do município: índios da tribo Jucá

 

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